Dia mundial da Terra – Uma reflexão sobre o turismo sustentável

Dia mundial da terra. Você já pensou no impacto do turismo para o planeta e como evitar sendo turista? Espreita as dicas!

O Dia Mundial da Terra é um dia de reflexão e que não pode ser ignorado por profissionais da área do turismo e nem pessoas que trabalham nesse setor, como a “blogueirinha” que vos fala.

Não sou formada em turismo mas me vi mergulhada nele, e hoje, me sinto responsável por tudo aquilo que digo relacionado ao planeta e as experiências vividas ao redor dele.

Dia mundial da Terra

22 de Abril. É essa a data que escolheram para lembrarmos que essa bola azul bonita lá de cima e daqui de baixo também, é a nossa casa e se não cuidarmos dela: Voilá, my friends, vai dar ruim.

A história, segundo fontes do amigo Google, diz a data foi sugerida pelo Senador Gaylord Nelson em 1970 como momento ideal para promover um protesto contra a poluição do planeta. Segundo o que pesquisei a origem do movimento foi o desastre petrolífero de Santa Barbara, na Califórnia em 1969.

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Casa do Baile, Pampulha, Belo Horizonte

De lá para cá e depois de algumas muitas manifestações, o tema entrou na pauta do senado norte-americano e ao redor do mundo, nesse dia, empresas, ongs e governos, promovem atividades e maneiras de demonstrar a preocupação com o planeta. 

Plantar árvores, atividades educativas, tirar o lixo da praia… e muitas outras ações que você já deve ter escutado e até participado. 

A grande questão onde o caminho do turismo se encontra com o planeta é tão óbvio como o ar que respiramos: O turismo produz muito lixo e muita alteração no meio ambiente. 

Dúvidas? Provarei. 

A responsabilidade do turismo na preservação do planeta

Posso começar citando a produção de lixo em excesso. Cidades como Lisboa no verão, chegam a ter o triplo de pessoas do que em épocas mais baixas. Os restaurantes estão ao rubro de cheios e as sobras também vão lá.

( Inclusive existe uma plataforma para combater o desperdício que se chama Too God To Go.)

Aqui já temos dois problemas a serem combatidos: Desperdícios alimentar e produção de lixo

( Quem nunca viu ratos passeando no terreiro do paço em Lisboa de madrugada que atire a primeira pedra, pode ser aqui na minha janela.)

Fernando de Noronha por exemplo, é uma ilha que cobra taxa de permanência diária e que controla muito bem o ecossistema local. Um exemplo na Europa, é a ilha Cies, próxima a costa de Vigo, na Galícia, norte da Espanha. Só se consegue comprar a balsa se tiver ou bilhete de ida e volta ou o comprovante de alojamento local, que é apenas um em meio a natureza. 

Saiba tudo sobre Fernando de Noronha, aqui!( Inclusive como casar lá!)

Com o aumento do turismo, consequentemente aumentam as procuras por estruturas diversificadas e estamos a falar de saneamento básico, hospedagem, restaurantes.. “Dalê” novas construções e alterações do meio ambiente para suprir as demandas. 

Vamos embora que tem mais: Mais veículos a circularem, mais poluição liberada e menor a qualidade do ar.

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Praia dos Galapinhos – Portugal

Em zonas de corais, há inúmeros estudos que provam que os corais vão pouco a pouco sendo destruídos. 

Alteração do estilo de vida das populações nativas dos locais (Faz diferença também viu!!) 

A sensação que tenho no verão em Lisboa é que eu deveria sair da cidade para os turistas visitarem, fica impossível e humanamente desgastante circular. 

Caça e pesca predatória, degradamento da fauna de flora: sempre tem um imbecil que atira cigarro pro mato e pega fogo, sempre tem alguém que arranca uma florzinha para dar a namorada. Sempre tem um turista querendo mexer na natureza para levar de recordação. 

Sabia que existem espécies da nossa fauna que são resistentes a presença humana?( Eu ás vezes sou também e compreendo perfeitamente). 

E vou fechar com chave de ouro: Poluição sonora. ( Você acha que não? Isso dá uma esgotada na saúde mental humana e no ecossistema ao redor).

Com certeza você encontrará muitos outros exemplos. 

E é aqui, que começa a nossa responsabilidade como turistas apaixonados pelo mundo e muito conscientes. 

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Cachoeira do Tabuleiro – Minas Gerais, Brasil

O Turismo Sustentável

Ser um viajante consciente e praticar o turismo sustentável nada mais é do que pensar sempre nos rastros que deixamos quando estamos apenas de passagem. 

Há algumas decisões que atitudes que podem deixar rastros positivo. vou logo a lista:

  1. Viajar menos de avião

Os aviões emitem uma quantidade considerável de dióxido de carbono por conta da queima de combustível. O que vai afetar diretamente o efeito estufa ou de aquecimento global. 

Se puder viajar de carro ou ônibus, é uma excelente opção. Entre Brasil e Portugal de carro? Não encarava, mas de Lisboa ao Porto? É uma opção. 

Fora o peso das malas que não ajuda em nada.Quanto mais pesado o avião está, mais combustível ele gasta. 

Emissões medidas em gramas de CO2 por passageiro por quilômetro

Bons Ventos me Levam Emissão de CO2 avião
Fonte – TPI BBC

Sobre esse ponto, gostaria de deixar claro que existem muitas comparações sobre a poluição por parte dos transportes, ou seja, há muitas variáveis dentro desse assunto! O Avião polui muito, verdade mas os carros também. Ou seja, podemos ser conscientes quanto ao consumo mas dentro da realidade das nossas necessidades.

  1. Produzir menos lixo possível durante as visitas e experiências 

O lixo que nós produzimos na “casa dos outros” é importante. A verdade é que por norma, nas férias, nós nos desligamos e não nos preocupamos muito com quase nada, inclusive com a produção de lixo desnecessária que temos. 

Comida pronta e delivery, embalagens, papéis distribuídos na rua, guias de museus e atrações… 

Repense. 

  1. Use transportes públicos

A lógica é simples: um ônibus ou barco vão carregar 10x mais pessoas do que um carro e vão poluir de forma muito semelhante. Opte por transportes públicos!

  1. Evita plásticos de utilização única. 

É o sorvetinho do palhaço que vem com colher e você sai sorrindo levando sol de verão na cara, é a embalagem da comida entregue pelo Delivery que você pediu depois de um dia inteiro batendo perna… 

Evite pedir plásticos de utilização única. Se você não está na rua, use uma colher de casa mesmo, se tiver a opção, diga que não precisa dos descartáveis. Aos poucos, fazemos a diferença. 

  1. Evite pegar papéis ao longo da viagem ( sim aqueles, que saem distribuindo por todo lado enquanto você passeia). 

Panfletinho para lá, panfletinho para cá.. descontos, propaganda. Deus me livre, mas tem zonas turísticas que enlouquecem o ser humano. E se reparar, produzem um lixo surreal pelas ruas. 

Não pega não. Eu sei, eu fico com dó de quem está a trabalhar e tem que entregar mas também penso no planeta. 

Caso pegue, joga numa caixa de lixo depois. Nada de rua tá!?

  1. Ajude a economia local

Feirinha? Pode demais. Vendedor típico local? Pode também. 

Brincadeiras a parte, a economia local é muito importante e por trás dela, existe uma proteção a economia circular daquela região que evita muitos males ao planeta. Exemplo? A logística de transporte de muitos produtos. 

Fora que o saborzinho do suco local, batidinho na hora?! Huuuuum… 

Suquinho de Jabuticaba? 

  1. Evite desperdiçar comida

Sabia que 8% das emissões mundiais de gases com efeito de estufa são causadas pelo desperdício alimentar e ⅓ da comida produzida no mundo é desperdiçada. 

( E tanta gente passando fome né?) 

Então minha dica é: “Desperdiça nada não!”.

Inclusive, existe um aplicativo chamado Too Good To Go que ajuda no combate ao desperdício. Você compra por preços acessíveis, as sobras das refeições dos restaurantes. 3, 4, 5 euros.. e vem muita comida. 

  1. Respeite os animais e a biodiversidade local

Nada de levar “lembrancinha” para casa tá?! Deixa a natureza no seu lugar. Tenha o mínimo de interferência possível. 

Visite, aproveite, tire fotos mas não arranque nada, não alimente animais proibidos e não monte em elefantes, não saia causando.. basicamente. 

Simples assim! E o resto é bom senso. 

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